Por que grandes ideias falham como startups?
De acordo com uma pesquisa da Fundação Cabral, feita com 221 fundadores de startups, 25% das startups brasileiras não alcançam nem um ano de existência. Grande parte das vezes, por inexperiência, novas empresas de tecnologia começam a funcionar apenas com base em uma ideia considerada inovadora.
Para tornar o empreendimento algo relevante e sólido, um dos pontos cruciais é construir algo que tenha propósito. É primordial entender o mercado do produto ou serviço que será a base de seu negócio, saber se tem tamanho suficiente para gerar retorno do investimento. Ele deve solucionar um problema que é possível de ser reconhecido no mercado, e ter rentabilidade para manter-se de pé.
Por mais que a ideia pareça revolucionária, existem vários outros aspectos a serem considerados para colocá-la em prática. Ter uma excelente equipe é um deles, pois caso a ideia inicial não emplaque, pelo menos haverá pessoas capazes de buscar formas de se adaptar à situação. É sempre preciso estar preparado para enfrentar tempos difíceis.
Inicialmente, fundadores de empresas podem acreditar estar lidando com uma ideia brilhante. Entretanto, caso ela resolva um problema que o consumidor não tem, o negócio não viverá por muito tempo.
Existem também alguns casos em que a ideia parecia boa e estava fazendo sucesso, só que no meio do caminho surgiu um enorme problema, impossibilitando a continuidade do negócio. Confira os exemplos a seguir:
Grooveshark
A ideia do negócio era disponibilizar streaming de música, assim como o Spotify. A diferença é que contavam com um enorme catálogo de músicas para serem ouvidas de forma gratuita.
O serviço teve seu início no ano de 2006 e foi um dos pioneiros desse mercado. Porém, em 2015 as atividades tiveram de ser encerradas.
A empresa quebrou porque recebeu diversos processos judiciais por violação de direitos autorais. Muitas gravadoras, como a Sony e a Universal, ficaram indignadas com a forma de atuação da empresa e moveram processos na justiça contra ela.
Como consequência da falta de experiência das pessoas por trás da Grooveshark, a empresa ficou com uma dívida de mais de R$ 68 bilhões de reais e precisou dar fim ao negócio.
Secret
O Secret era um aplicativo onde as pessoas podiam desabafar, publicando seus segredos de modo anônimo. Em 2014 o serviço chegou a ser proibido no Brasil. Isso aconteceu porque os usuários passaram a compartilhar segredos de outras pessoas, expondo a identidade das vítimas. Além disso, postavam mensagens falsas para difamar pessoas, bem como postagens preconceituosas.
Por esses mesmos motivos, em 2015, após 16 meses de funcionamento, a empresa desenvolvedora do aplicativo decidiu encerrar o serviço, que no momento contava com um número de 15 milhões de usuários no mundo inteiro.
Um dos criadores do aplicativo, David Byttow, afirmou na época que a ideia de oferecer anonimato era uma forma de possibilitar “comunicação aberta e expressão criativa”. Porém, como pode ser percebido, a situação chegou a um ponto em que não representava mais a visão que a companhia tinha em seu início.
Como tentar evitar essa situação?
Para que a falha não seja o destino certo da sua startup é necessário planejar-se para o inesperado, estar sempre buscando informações com os cliente, ser honesto sobre o potencial de crescimento do seu negócio e garantir que o seu time tenha as competências necessárias, além de uma grande compatibilidade. Infelizmente, uma ótima ideia não é tudo. Então, fique atento a esses aspectos, pois mesmo que seu modelo de negócio indique que ele funcionará, ainda existe o risco de não dar certo.